terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vulcões e erosão.

Ontem senti-me velho. Não exactamente no mau sentido, mas no sentido condescendente, que é talvez ainda pior.
Fui a um "espaço jovem", desses que usam uma casa velha como desculpa para fazer um sítio onde "o pessoal" se junta para tomar uns copos. Onde as cadeiras vieram todas do lixo (e nem são exctamente cadeiras, mas mais objectos - um toque de mais civilização do que o sentar no chão). E toda a gente tem menos menos de 25 anos (senão no corpo então na alma).
E senti-me velho porque me lembrei "ah, isto era assim". E senti uma simpatia por aqueles rapazitos, que ainda estão a descobrir o mundo. Senti-me velho porque "já vivi isto e não vale a pena voltar atrás".
Não me importo de me sentir velho. É bom encontrar uma certa paz baseada em nostálgica condescendência. Não querer já mudar o mundo porque se sabe que ele vai mudando. Devagarinho, mas vai. As árvores sabem disso. As montanhas também.

4 comentários:

Lis disse...

Sei do que falas. Senti já o mesmo mas acho que me sinto mais velha do que me vêem. Estranho.

Daniel J. Skråmestø disse...

:) eu também!

revisor disse...

cotas! nem digam isso, porque eu próprio (jovem, excepto para efeitos de cartão com esse nome)sinto o mesmo de vez em quando... mas noutras alturas ou (noutras situações?) sinto exactamente o contrário, com tudo para absorver ainda...

David Rodrigues disse...

Pois... acho que também sinto isso... é a isso que se chama ficar velho? Boa!!!