quarta-feira, 22 de junho de 2005

o gengibre

A minha relação com o gengibre é daquelas coisas que ainda não consegui definir. Às vezes adoro, às vezes enjoa-me profundamente.
Hoje ao pequeno-almoço tinhamos a estrear um doce de gengibre e ruibarbo (a propósito, onde raio se pode comprar ruibarbo fresco em Lisboa? Tenho saudades de fazer uma tarte de ruibarbo e morango!). Teoricamente, seria uma coisa com que eu iria delirar. Mas afinal sabia a remédio.

O gengibre fresco é daquelas coisas que eu acho sempre um desperdício comprar. Raspa-se um bocadinho para dentro de uma mixórdia á lá chinesa e sabe muito bem, mas passado uns dias já aquilo está tudo seco e perdeu a piada. Por isso acabo quase sempre por comprar em pó, o que é o suficiente para iludir o palato nas minhas mixórdias orientais.

Gengibre caramelizado vai muito bem em scones, mas se me querem ver à beira do vómito, deixem-me comer disso sem mais nada.

O gengibre do sushi, também é daquelas coisas que me cai muito bem entre cada posta de peixe cru. Mas no final da refeição, quando sobra daquilo e se vai para encher o papo julgando que vai saber bem, afinal não sabe.

Suponho que é o tempero que exige temperamento. Nem demais nem de menos. Eu é que tenho problemas com isso, com a minha voracidade indomável.

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